BTC, SOL e XRP caem 20% e bilionário pede pausa nas tarifas de Trump

O Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas como o Ripple (XRP) enfrentaram perdas acentuadas no mercado. A desvalorização aconteceu à medida que os mercados financeiros globais reagiram às crescentes tensões comerciais.

O preço do BTC caiu abaixo de US$ 75 mil. Além disso, altcoins como Solana (SOL), Ripple (XRP) e Dogecoin (DOGE) também recuaram cerca de 20% na segunda-feira (07/04).

A queda repentina rompeu níveis técnicos de suporte importantes. Isso levantou preocupações sobre novos riscos de baixa no curto prazo.

XRP cai e acende sinal de alerta no mercado

O preço do XRP despencou abaixo da sua média móvel de 200 dias. Dessa forma, a criptomoeda foi negociada próximo de US$ 1,70. Esse valor representa um nível amplamente observado por traders como indicador de momento de mercado.

Enquanto isso, o SOL caiu abaixo da marca dos US$ 100. Ou seja, a criptomoeda rompeu sua média móvel de 50 dias. Agora, o Solana acumula uma queda de 64% em relação à sua máxima histórica.

O DOGE, queridinho dos memes, também sofreu: caiu para US$ 0,13. Analistas atribuíram a forte liquidação às crescentes incertezas macroeconômicas, liquidações forçadas e à ansiedade crescente dos investidores diante das políticas comerciais agressivas do governo Trump.

O presidente Donald Trump anunciou recentemente um pacote de tarifas. A decisão inclui uma taxa de 25% sobre as importações de veículos. Além disso, ele criou uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações.

Trump apresentou também as “tarifas recíprocas”, voltadas a países que impõem barreiras aos produtos dos EUA.

Portanto, essas medidas abalaram os mercados. Como resultado disso, aconteceu uma fuga de capitais de ativos mais arriscados, como as criptomoedas. Assim, o anúncio de Trump redirecionou os investidores para ativos considerados como reserva de valor, como o ouro e o iene japonês.

Tarifas influenciam no preço do XRP

O gestor bilionário de fundos hedge e apoiador de Trump, Bill Ackman, pediu publicamente ao governo que pausasse a escalada tarifária por 90 dias. Ele alertou que a trajetória atual pode desencadear um “inverno nuclear econômico”.

O bilionário ressaltou também que a confiança na liderança dos EUA entre líderes empresariais globais está se deteriorando rapidamente.

“Não foi para isso que votamos”, escreveu Ackman em uma publicação na X, antiga Twitter. “Negócios são um jogo de confiança. O presidente está perdendo a confiança dos líderes empresariais ao redor do mundo.”

Ackman criticou a fórmula tarifária do governo — baseada em déficits comerciais — como equivocada e economicamente arriscada.

Economistas alertaram que a natureza ampla das tarifas pode prejudicar tanto as parcerias internacionais quanto os investimentos empresariais locais.

Mas, com o temor de uma guerra comercial prolongada ganhando força, o sentimento negativo se espalhou pelo mercado de criptomoedas.

Liquidações em cripto ultrapassam US$ 1,3 bilhão

O mercado cripto enfrentou uma correção brutal na chamada “Segunda-feira Negra”. As liquidações superaram US$ 1,36 bilhão na segunda (07/04).

O mercado cripto vem caindo em sintonia com os mercados acionários globais. O derretimento aconteceu após as tarifas do “Dia da Libertação” anunciadas por Trump.

Segundo dados da CoinGlass, os traders de futuros posicionados em long sofreram a maior parte do impacto. Mais de US$ 1,2 bilhão em apostas de alta foram eliminadas. Apenas os long de Bitcoin somaram mais de US$ 392 milhões em perdas.

A liquidação não foi exclusiva das criptomoedas. Os futuros das ações dos EUA também despencaram na noite de domingo, intensificando os temores de um colapso mais amplo do mercado.

Os futuros do S&P 500, por exemplo, caíram 5,98%. Por outro lado, os futuros do Nasdaq 100 recuaram 6,2% no mercado. Já os futuros do índice Dow Jones caíram 5,5% no mesmo período, sinalizando um início de semana caótico no mercado financeiro.

A forte liquidação refletiu o aumento da incerteza macroeconômica, o agravamento das tensões comerciais e a apreensão dos investidores com a ordem tarifária abrangente do presidente Donald Trump.

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