Mineradora MARA registra crescimento na produção de Bitcoin

A Marathon Digital Holdings (MARA) divulgou seus resultados operacionais referentes a março de 2025, com destaque para o aumento na produção mensal de Bitcoin. A empresa minerou 829 BTC no período, o que representa um crescimento de 17% em relação a fevereiro, quando havia produzido 706 BTC.

O desempenho também se refletiu no número de blocos validados: foram 242 blocos adquiridos, a terceira maior marca da história da companhia e também um aumento de 17% sobre os 206 blocos registrados no mês anterior.

A produção média diária de Bitcoin subiu para 26,8 BTC por dia, superando os 25,2 BTC diários de fevereiro — uma alta de 6%. Já o hashrate energizado da empresa teve uma leve expansão de 1%, passando de 53,7 EH/s para 54,3 EH/s.

No encerramento de março, a MARA acumulava 47.531 BTC em sua reserva corporativa, consolidando-se como uma das maiores detentoras de Bitcoin entre as empresas de mineração listadas em bolsa.

Modelo de pool próprio impulsiona eficiência da MARA

Ademais, um dos diferenciais estratégicos da MARA no setor de mineração de Bitcoin é a operação do MARAPool, sua própria estrutura de pool de mineração. De acordo com o CEO Fred Thiel, essa característica confere à empresa controle total sobre o processo, algo raro entre as mineradoras públicas.

“O MARAPool é o único pool de mineração de propriedade e operação própria entre os mineradores listados em bolsa”, destacou o executivo.

Ao evitar a dependência de pools operados por terceiros, a MARA consegue reter uma parcela maior das recompensas geradas pela mineração e maximiza a eficiência operacional, reduzindo custos com intermediários. Esse modelo verticalizado tem se traduzido em ganhos mensuráveis de desempenho, segundo a companhia.

Desde o lançamento do MARAPool, a taxa de sucesso na mineração de blocos — conhecida como “fator sorte” — tem superado a média da rede em mais de 10%, o que indica uma eficiência acima do esperado com base na participação da empresa no hashrate global.

Em março, a MARA respondeu por 5,8% das recompensas de mineração disponíveis, ante 5,4% em fevereiro. Já as taxas de transação representaram 1,3% da receita total, uma pequena queda em comparação com os 1,4% registrados no mês anterior.

Maior presença nos EUA com novo data center

Além disso, a Marathon Digital Holdings está prestes a concluir a construção de um novo data center de 40 megawatts em Ohio. Esta iniciativa que reforça sua estratégia de expansão geográfica e de capacidade computacional. A empresa anunciou que a instalação deve ser finalizada até o fim de abril de 2025, fortalecendo sua atuação no mercado norte-americano de mineração de Bitcoin.

Segundo o CEO Fred Thiel, a empresa seguirá com foco em manter-se como líder do setor, ao mesmo tempo em que amplia sua infraestrutura energética. A declaração reforça a abordagem de crescimento duplo da MARA: expansão da mineração e da geração de energia própria.

Com um hashrate energizado de 54,3 EH/s, a MARA detém uma fatia relevante da capacidade global de processamento da rede Bitcoin. Dessa forma, a empresa se mantém como uma das principais mineradoras do mundo.

Por fim, mesmo com o aumento contínuo na dificuldade de mineração e no hashrate global, fatores que geralmente tornam a produção de blocos mais desafiadora, a empresa conseguiu elevar sua produção de BTC nos últimos meses. O desempenho, segundo analistas, reflete uma gestão eficiente dos recursos operacionais e uma alocação estratégica da capacidade instalada.

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