Marcas, creators, comunidades e a Web3 redefinirão o marketing em 2025
Estou muito animado com tudo que está acontecendo no mundo corporativo, como o avanço das tecnologias de blockchain e IA, as regulações do mercado nos Estados Unidos, o entusiasmo quanto ao futuro da tokenização e até as discussões no mercado de cripto e web3 por parte dos builders voltando à temas “base” como vendas, crescimento e marketing, essa era de “back to the basics” moderna me entusiasma demais , ir longe nas possibilidades tecnológicas e depois voltar a como embalar bem essas soluções para ofertá-las ao consumidor final de forma simples, sem muito “tequiniquês”, gerar valor e colocar o tempero da web3, é algo realmente encantador e desafiador.
E é nesta seara que ligo a máquina do tempo, especialmente para mim que empreendi dentro da Creator Economy, liderando campanhas de valor para grandes empresas como a ABInbev, e agora trago aqui um artigo especial, com dados e estudos de caso do avanço do marketing e da economia da influência, e trazendo paralelos de casos com empresas web2 e artistas que estão testando tokens em seus marketings, e empresas nativas web3 que estão testando influencers e líderes de opinião, e alguns nomes que você já conhece para exemplificar essa interseção e como em 2025 em diante isso poderá virar a chave da economia tokenizada.
Vamos explorar neste artigo como marcas, creators, marketing de afiliados, conteúdo, automação e modelos to-earn estão moldando e revolucionando o futuro do marketing e dos negócios.
Marketing e inovação estão exponenciadas pelas novas tecnologias e formatos
No atual mundo dos negócios, os tópicos Marketing e Inovação estão cada vez mais em voga das pequenas, médias e grandes empresas, acelerando o crescimento das mais antenadas Marcas, que não só planejam com base em estudos de mercado, público-alvo e comportamento do consumidor, mapeando jornadas e agregando valor as experiências, muito embasado em teses de negócios de colossos como Disney, Netflix e Amazon, nesta nova era, gestores e executivos devem estar extremamente orientados aos mínimos detalhes a todo ponto de contato do consumidor com a marca, desde a camada do entendimento da experiência (CX) até o dia-a-dia, onde cada like, cada comentário e cada interação em qualquer ponto de contato não apenas gera engajamento, mas também, em uma estrutura muitas vezes longa e não-linear, gera valor real para as empresas.
Neste mundo, as marcas de valor vivem o dilema entre a comunicação corporativa, e a necessidade de humanização em meio concorrência desleal, que não mais é por produtos e serviços, mas antes disso, pela atenção e admiração de clientes e fãs. Marcas destemidas tentam se inserir em contextos e assuntos, de maneira a gerar conexão genuína e construção de comunidade, estando dentro e adotando posturas que condizem com seus valores e propósito.
O poder dos creators na nova economia
Mais do que influenciar ou persuadir, os Creators estão à frente de uma revolução econômica em curso, impulsionada por novas tecnologias, as DNVBs (Digital Native Vertical Brands) marcas DTC (Direct To Customers) com rosto de celebridades ou fazendo de seus CEOs celebridades, no chamado FLG (Founder Led Growth), vem chamando atenção, e os creators vem se beneficiando muito disso, e impulsionando negócios a outros patamares de escala e exponencialidade, seja comercializando bens físicos, quanto digitais, e até entrando na seara de ativos digitais, como moedas e tokens de engajamento.
Estamos falando de uma indústria de US$ 250 bilhões, com 200 milhões de creators, e que deve chegar a US$ 500 bilhões até 2028, segundo projeção do Goldman Sachs, atuando em plataformas como Instagram, TikTok, X e YouTube, já se expandindo para a seara da web3.0, existem protocolos internacionais se destacando , como a Lens Protocol que está liderando este caminho.
Creators ou empresários?
Em 2025, os creators não são apenas influenciadores; são empresários digitais, com diversificação, modelo de negócios e leque de produtos, portfolios extensos, onde antes suas fontes de receita era majoritariamente a publicidade de marcas, hoje são com seus próprios negócios, com suas próprias jornadas de consumo, e as marcas precisam vê-los dessa forma, como parceiros de negócio, e pensar além de uma simples publicidade, mas à nível de partnership, joint-ventures, afiliação, embaixador. As possibilidades são inúmeras e devem fazer parte da estratégia de negócios modernos.
Alguns dados históricos:
Historicamente, a Creator Economy emergiu com força no início dos anos 2010, impulsionada principalmente pelo crescimento das redes sociais, como YouTube , Instagram e Facebook. Segundo dados da Influencer Marketing Hub, em 2016, o mercado global de influenciadores era avaliado em cerca de US$ 1,7 bilhão. Já em 2021, impulsionado pela pandemia e pela digitalização acelerada, esse valor saltou para impressionantes US$ 13,8 bilhões, com destaque para plataformas como TikTok e Twitch que aceleraram ainda mais esse crescimento.
De acordo com uma análise recente do Goldman Sachs (2023), hoje existem aproximadamente 200 milhões de creators no mundo, movimentando cerca de US$ 250 bilhões, com projeção de dobrar para US$ 500 bilhões até 2028. No Brasil, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2023 já eram cerca de 20 milhões de criadores digitais, responsáveis por gerar mais de 389 mil postos de trabalho diretos e indiretos, consolidando o país como um dos mercados mais vibrantes e promissores dessa nova economia.
Affiliate Marketing no contexto da Web 3: parcerias que geram valor e engajamento reais
O Affiliate Marketing sempre foi uma peça central na estratégia digital das marcas, permitindo alcançar novos públicos com rapidez e eficiência por meio de parcerias estratégicas. No contexto da Web3, essa prática ganha um novo significado, potencializada pela transparência, segurança e descentralização proporcionadas pelo blockchain. Agora, afiliados não apenas recomendam produtos, mas podem ser genuinamente parceiros e até stakeholders dos negócios.
Protocolos descentralizados como o Lens Protocol já permitem que creators criem conteúdos autenticados por NFTs e recebam diretamente recompensas em tokens por seu engajamento. Plataformas como Refersion e Affiverse começam a explorar a integração com blockchain, permitindo contratos inteligentes automatizados que geram mais confiança e eliminam intermediários tradicionais. Dessa forma, o afiliado não é mais apenas um canal de divulgação, mas se torna um parceiro estratégico, alinhado diretamente aos resultados de negócios, reforçando relações de longo prazo e alinhamento genuíno.
Dessa forma, no marketing de afiliados dentro da Web3, todos os envolvidos – marcas, creators e consumidores – compartilham valor e benefícios, criando uma dinâmica mais justa, transparente e eficaz, refletindo a nova era da economia digital, remunerando parceiros não apenas com uma comissão, mas também com ativos digitais que valorizam com a evolução do ecossistema parceiro ao longo do tempo.
Content Marketing: conteúdo que engaja e recompensa
O Content Marketing evoluiu significativamente nas últimas décadas, deixando de ser apenas uma estratégia focada na atração de visitantes para sites ou blogs, para se tornar uma poderosa ferramenta de conexão emocional e construção de comunidades engajadas.
Segundo o Content Marketing Institute, em 2010 o objetivo principal das empresas era aumentar o tráfego orgânico, enquanto hoje, em 2025, o conteúdo é utilizado para gerar experiências autênticas, humanizadas e personalizadas, estreitando relações duradouras entre marcas e consumidores. Criadores de conteúdo (creators) desempenham papel essencial nessa evolução, pois adicionam autenticidade, personalidade e um rosto humano às marcas, facilitando o engajamento genuíno.
Creators impulsionam essa estratégia ao produzir conteúdos que vão além da publicidade tradicional, inserindo valores pessoais, storytelling envolvente e interações próximas ao cotidiano dos usuários. Plataformas como TikTok, YouTube e Instagram mostram que o público não deseja apenas consumir, mas participar ativamente, sendo recompensado por seu engajamento através de conteúdos exclusivos, acesso antecipado, ou até mesmo tokens e NFTs que materializam a conexão emocional entre marcas, creators e seguidores.
A humanização do conteúdo, portanto, é a chave para gerar valor real e relacionamentos sólidos, transformando espectadores passivos em membros ativos de comunidades vibrantes e fidelizadas.
To-Earn Models: a nova economia de recompensas
O modelo “To-Earn” vem revolucionando o mercado ao proporcionar recompensas tangíveis por atividades cotidianas ou entretenimento. Popularizado inicialmente por jogos blockchain como Axie Infinity, onde usuários ganham tokens jogando (play-to-earn), e StepN, que remunera usuários com criptomoedas por atividades físicas como caminhadas e corridas (move-to-earn), esse modelo tem se expandido rapidamente para outras áreas da vida digital e física. Essas iniciativas têm atraído milhões de usuários ao redor do mundo, criando um ecossistema dinâmico e financeiramente recompensador.
Uma inovação recente e disruptiva nesse contexto é o modelo Experience-to-Earn da Ribus Key. Através de um NFT exclusivo, usuários podem se hospedar em imóveis de luxo pagando significativamente menos, recebendo ainda recompensas adicionais na forma de token-back em RIB, o token nativo da plataforma. Isso transforma viagens e hospedagens premium em algo acessível e rentável, redefinindo a economia da experiência em turismo e hospitalidade. Assim, modelos como Experience-to-Earn da Ribus Key mostram como a economia digital baseada em blockchain está remodelando profundamente hábitos de consumo, criando valor real e tangível para consumidores que desejam viver experiências incríveis com benefícios financeiros claros.
O futuro é agora
2025 não é mais um horizonte distante, mas o momento exato onde marcas visionárias, creators inovadores e consumidores conscientes se encontram para moldar juntos uma nova economia digital. Neste contexto, o valor já não está apenas na atenção, mas na conexão genuína, recompensada de forma tangível por modelos inovadores como SocialFi, to-earn e gamificação. Inteligência artificial e automação atuam como grandes catalisadores dessa transformação, permitindo escala sem perder o toque humano que fortalece comunidades e negócios.
Estamos testemunhando o nascimento de uma era na qual a Web3 não é somente uma promessa tecnológica, mas uma realidade prática e presente, oferecendo oportunidades inéditas de parceria, crescimento e inovação. Para marcas, creators e consumidores, o desafio agora é abraçar essas possibilidades com ousadia, autenticidade e propósito. Afinal, o futuro não apenas se anuncia: ele já está acontecendo, aqui e agora.
Aviso Legal: o conteúdo deste artigo reflete exclusivamente a opinião do autor e não representa a plataforma. Este artigo não deve servir como referência para a tomada de decisões de investimento.
Talvez você também goste
Bitcoin volta aos US$ 80 mil em semana decisiva para o mercado

Bitcoin registra pior 1º trimestre em 7 anos

Ethereum supera Solana em volume de negociação

Empresa sofre hack de US$ 70 milhões, tokens permanecem na carteira do autor

Populares
MaisPreços de criptomoedas
Mais








