Banco Central do Brasil pode começar a monitorar P2P, Dex e wallets como MetaMask
O Banco Central do Brasil (BC) pode estar prestes a dar um passo importante no monitoramento do mercado de criptoativos.

O Banco Central do Brasil (BC) pode estar prestes a dar um passo importante no monitoramento do mercado de criptoativos. A instituição revelou, em seu Relatório Integrado, que vai ampliar a coleta de dados sobre Bitcoin e o setor.
A medida não se limita mais às operações com contratos de câmbio. Agora, o foco inclui também transações diretas entre pessoas, carteiras digitais e plataformas descentralizadas.
Embora o BC ainda não tenha detalhado como fará esse controle, a intenção está clara: acompanhar o crescimento acelerado do mercado cripto. De acordo com o documento, a medida visa entender melhor o volume real movimentado por brasileiros, incluindo negociações que ocorrem fora das exchanges tradicionais.
“O Banco Central está organizando a coleta de novas informações sobre criptoativos, incluindo transações liquidadas sem contratos de câmbio,” afirmou a instituição. Com isso, o monitoramento poderá alcançar operações entre P2Ps, DEXs e wallets como MetaMask, o que representa uma mudança significativa na forma como o setor é supervisionado no país.
Fontes próximas ao BC indicam que essa movimentação cria precedentes para uma fiscalização mais ampla. Além disso, com o avanço da descentralização no ecossistema, o regulador brasileiro quer entender e, possivelmente, atuar mais de perto nas negociações feitas fora do radar oficial.
Banco Central do Brasil e monitoramento cripto
Os dados já chamam a atenção. Só entre outubro de 2023 e outubro de 2024, as compras líquidas de criptoativos somaram US$ 16,7 bilhões, segundo números extraídos dos contratos de câmbio. Além disso, esse número representa apenas parte do cenário. O volume real pode ser muito maior, especialmente considerando os canais alternativos.
Paralelamente, o BC mantém três consultas públicas abertas para regulamentar o setor, todas com prazo até 28 de fevereiro de 2025. Assim, a Consulta Pública 109/2024 propõe regras para empresas que prestam serviços com criptomoedas. Já a Consulta 110/2024 trata da autorização dessas instituições e sua relação com o mercado financeiro. A terceira, a Consulta 111/2024, quer incluir serviços de cripto no mercado de câmbio.
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Com isso, o Banco Central busca ampliar sua atuação e garantir mais segurança no setor. O monitoramento de carteiras digitais, como a MetaMask, e transações P2P pode ser o próximo passo para isso. Se a tendência se confirmar, o Brasil poderá se tornar um dos primeiros países a implementar um modelo robusto de fiscalização de ativos digitais descentralizados.
Além disso, o trabalho técnico do BCB já recebe elogios internacionais. Em 2024, o Fundo Monetário Internacional reconheceu o Brasil como exemplo na forma de incorporar criptoativos nas estatísticas oficiais. Isso reforça o peso da decisão e o protagonismo do país na regulação do setor.
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