Last updated: Abril 16, 2025 12:00 BRT
A Méliuz comunicou na segunda-feira (14/4) que seu conselho de administração convocará uma reunião de acionistas para deliberar sobre a possível modificação de seu objeto social. Afinal, a empresa famosa pelos programas de cashback pretende incluir a possibilidade de realizar aportes em Bitcoin como parte de sua estratégia corporativa.
De acordo com o ‘fato relevante’ divulgado pela Méliuz, ela já teria concluído com sucesso a análise de um novo direcionamento estratégico envolvendo a criptomoeda.
Portanto, caso os acionistas votem favoravelmente à mudança, a ideia é adotar o Bitcoin como principal ativo da tesouraria.
A assembleia geral extraordinária deve ocorrer no dia 6 de maio.
Leia também:
Qual a Criptomoeda Que Vai Explodir em 2025
Empresa criou ‘comitê estratégico’ voltado ao Bitcoin
A Méliuz criou um comitê estratégico para tratar do projeto de aquisições do ativo digital. Atualmente, ele é responsável por estudar a viabilidade de investimentos em Bitcoin. Além disso, deve operacionalizar as compras da moeda e ajudar na criação de diretrizes e regras de governança nessa área.
Em seu comunicado ao mercado, a empresa declarou que busca gerar retorno adicional em Bitcoin para seus acionistas. Isso ocorreria não apenas por meio do fluxo de caixa operacional, mas também com ações estratégicas e transações financeiras específicas.
A assembleia deve servir para bater o martelo sobre o projeto cripto da empresa. Afinal, a alteração do objeto social daria segurança para que a Méliuz acelere em sua estratégia de acumular fundos em Bitcoin.
No entanto, a companhia destacou que sua atividade principal continuará sendo a mesma. Além disso, alegou que a capacidade de gerar caixa seguirá sendo essencial para ela aumentar a exposição à criptomoeda com o tempo.
Os acionistas que não concordarem com a nova estratégia terão direito a um reembolso de R$ 3,92 por ação. Neste caso, o pagamento levará em conta a quantidade de papéis que eles possuíam em 31 de dezembro de 2024.
Méliuz segue passos da Strategy com compras de BTC
Com sua estratégia de comprar Bitcoin para manter em tesouraria, a Méliuz está seguindo os passos da Strategy (antiga MicroStrategy), com sede nos EUA. A empresa de software fundada por Michael Saylor adquiriu US$ 7,69 bilhões em BTC somente no primeiro trimestre deste ano.
Por enquanto, os números da Méliuz são mais modestos. No entanto, já estão na casa dos milhões.
Em março, a companhia revelou ter adquirido 45,72 unidades de Bitcoin por aproximadamente US$ 4,1 milhões. Portanto, arcou com um custo médio de US$ 90.296,11 por BTC.
A aquisição ocorreu após a aprovação de uma nova diretriz para a gestão dos recursos da tesouraria. Na ocasião, as ações da empresa apresentaram uma valorização superior a +20%.
A Méliuz emitiu um comunicado na época em que defendeu a compra da criptomoeda como benéfica para a empresa e, também, para os acionistas:
A Administração da Companhia acredita que a estratégia de tesouraria focada na reserva de Bitcoin tem potencial importante para a maximização de valor para a companhia e para seus acionistas.
No entanto, desde então, o Bitcoin passou por um processo de desvalorização. Isso ocorreu, principalmente, devido à turbulência econômica com o ‘tarifaço’ dos EUA sobre importações de outros países.
Nesta quarta-feira, o Bitcoin era negociado a US$ 83.713,51, operando praticamente estável em relação ao dia anterior. A moeda encerrou 2024 com uma alta de 120%.
Leia mais:
- Bybit nega cobrar taxa de US$ 1,4 milhão para listar tokens
- 89% das empresas de Bitcoin em El Salvador estão inativas
- Mineração de Bitcoin libera poluentes nocivos, revela estudo
