Bitcoin resiste às mínimas após crash global causado por guerra tarifária e incertezas econômicas
O mercado cripto iniciou a semana sob forte tensão após um colapso nos mercados globais durante a madrugada. O motivo principal foi o agravamento da guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos. Conforme anunciado pelo presidente Donald Trump, o evento intitulado Liberation Day, marcado para o dia 2 de abril, marca o início da aplicação de tarifas de 20% sobre produtos de mais de 25 países.
Segundo o próprio presidente, essas medidas devem elevar os custos de importação em US$ 1,5 trilhão para empresas norte-americanas, gerando instabilidade nos mercados e pressionando ativos de risco. O impacto foi imediato: bolsas ao redor do mundo acionaram circuit breakers, o S&P 500 perdeu mínimas recentes, e o Bitcoin rompeu a região dos US$ 76 mil, puxando o mercado cripto para novas mínimas em 2025.
Essa nova rodada de incertezas econômicas levou o Federal Reserve a convocar uma reunião de emergência para esta segunda-feira, fato que despertou ainda mais atenção dos investidores para a possibilidade de cortes emergenciais na taxa de juros. A expectativa para o ano de 2025 já indica entre quatro e cinco cortes, com o mercado apostando na necessidade de estímulos para evitar uma recessão iminente nos Estados Unidos. Essa será uma semana particularmente sensível para o mercado.
Na quinta-feira, será divulgado o CPI americano, um dos principais indicadores de inflação, e na sexta-feira, o IPP. Ambos os dados serão cruciais para entender a real situação da inflação e como o Federal Reserve pode reagir nas próximas semanas.
Apesar da forte queda, o Bitcoin apresentou uma recuperação notável ainda durante o mesmo dia. Após romper as mínimas do ano, a criptomoeda voltou a ser negociada acima dos US$ 76 mil, impulsionada por forte atuação compradora dentro das exchanges.
A presença institucional é visível no book de ordens, e mesmo com o S&P 500 mantendo-se abaixo das mínimas anteriores, o Bitcoin demonstrou resiliência. Esse comportamento coloca o ativo em posição de destaque entre os ativos globais de risco, reforçando sua atratividade em cenários de incerteza.
Graficamente, o BTC atingiu alvos de figuras anteriores, como o topo duplo comentado nas últimas análises, e apresenta formação de divergência altista no RSI, um dos sinais mais fortes de possível reversão, especialmente quando combinado com presença em região de suporte.
No campo do sentimento de mercado, o Fear and Greed Index voltou ao nível de extremo medo. A leitura desse indicador sugere que os investidores estão com receio de novas quedas, e isso geralmente indica uma possível exaustão vendedora.
Os dados de derivativos reforçam esse cenário: durante o colapso, mais de US$ 1,2 bilhão foram liquidados nas principais corretoras, e o Open Interest caiu em US$ 9 bilhões, evidenciando uma forte desalavancagem. O mais impressionante é que grande parte dessas posições foram encerradas voluntariamente no prejuízo, mostrando pânico entre os traders. Além disso, o Long/Short Ratio caiu abaixo de 1, mostrando que a maioria das pessoas estão apostando contra o mercado — algo que historicamente precede repiques fortes de alta.
A leitura estratégica para este momento é clara: quem possui caixa disponível pode aproveitar para fazer compras parciais. A configuração atual é uma das mais assimétricas desde a pandemia, com sardinhas vendendo no prejuízo e baleias acumulando. Ainda assim, não é momento para apostar tudo. O ideal é comprar com parte do capital e manter liquidez para eventuais quedas adicionais. Para quem já está posicionado, o foco deve ser em manter a calma, avaliar a posição e realizar parciais caso o mercado tenha repiques até regiões de resistência, especialmente próximas aos US$ 90 mil. Altcoins, neste cenário, devem ser evitadas, a não ser que o preço médio do Bitcoin esteja ajustado, já que em momentos de pânico elas tendem a sofrer quedas mais acentuadas e demoram mais para se recuperar.
Enquanto os mercados globais sangram por decisões políticas e tensões comerciais, o Bitcoin se apresenta como um dos ativos mais resilientes. A queda gerada por fatores humanos, ao contrário da pandemia de 2020, torna o momento ainda mais imprevisível. Mas a leitura atual sugere que estamos próximos a um fundo local, com sinais gráficos e de sentimento convergindo para uma possível retomada. Em tempos de caos, o preparo estratégico e a leitura correta dos ciclos fazem toda a diferença. Quem conseguir manter a racionalidade nesse momento, pode colher bons frutos nas próximas semanas.
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