Chainalysis apresenta ligações financeiras entre cartéis mexicanos e laboratórios chineses

A empresa de análise de blockchain Chainalysis expôs as ligações financeiras entre cartéis de drogas mexicanos e fornecedores chineses de precursores químicos de fentanil. As operações estariam ocorrendo por meio de criptomoedas.

A investigação reforça descobertas anteriores, com as quais as autoridades identificaram mais de US$ 37,8 milhões em pagamentos suspeitos de criptomoedas entre 2018 e 2023. Afinal, esses casos também envolveram vendedores de produtos químicos com base na China.

China é a principal fonte de precursores de fentanil

Segundo o relatório da Chainalysis, as transações com criptomoedas se tornaram uma ferramenta essencial para a compra de precursores químicos sem interações físicas diretas.

Além disso, elas fazem parte de uma rede financeira subterrânea maior que abrange o México, os EUA e a China.

Operações chinesas de lavagem de dinheiro, incluindo indivíduos que vivem nos EUA, estão colaborando cada vez mais com organizações criminosas que realizam tráfico de drogas, especialmente cartéis mexicanos. Afinal, essas parcerias facilitam a lavagem dos lucros, geralmente por meio de transações com criptos.

Os controles rígidos de capital da China limitam os indivíduos a comprar apenas US$ 50.000 em moeda estrangeira anualmente. Por isso, redes bancárias clandestinas ligadas ao comércio de fentanil surgiram como um método alternativo.

A China inclusive já baniu as criptomoedas. No entanto, continua sendo a principal fornecedora de precursores de fentanil e outros suprimentos, incluindo kits de matriz TDP.

Esses kits são essenciais para prensagem de comprimidos em máquinas de fabricação de pílulas. Eles consistem em moldes e punções que moldam o pó em comprimidos sólidos.

Esses kits têm usos legítimos na produção farmacêutica. Mas também são bastante usados ​​por traficantes de drogas para produzir pílulas falsificadas, incluindo comprimidos com fentanil.

Anteriormente, a empresa de dados blockchain havia sinalizado mais de US$ 37,8 milhões em transações suspeitas de criptomoedas por supostos comerciantes de produtos químicos da China.

Os cartéis mexicanos, como o Cartel de Sinaloa, dependem desses fornecedores para produzir opioides sintéticos como o fentanil, que são então traficados para os EUA.

Apesar da descoberta, a Chainalysis notou recentemente uma queda nas transações ilícitas usando Bitcoin.

Leia mais:

• Solana apaga anúncio “cringe” após reação negativa
• Deputado apresenta projeto para permitir salário em Bitcoin
• Canary Capital pede aprovação para ETF de Sui